Humberto e a descoberta da Síndrome de Irlen aos 51 anos

Meu nome é Silvia Casa Grande Macedo e em dezembro de 2018, eu e meu marido Humberto completaremos 20 anos de casados.

Silvia e familiaForam anos de muitos altos e baixos, mas estamos aqui, nem tão firmes e nem tão fortes, mas com o mesmo propósito de vida….rsrsrs.

Nossa adaptação foi muito difícil, pois o Humberto sempre foi muito, mas muito ansioso e estressado, mas por outro lado ele é extremamente companheiro, me respeita muito, muito esforçado e um paizão que faz tudo o que pode e mais um pouco pela família.

Em 2003 estávamos iniciando um processo de fertilização, pois eu não engravidava, mas foi interrompido pela descoberta de um tumor cerebral no meu marido. Foram momentos dificílimos, mas como disse anteriormente ele como um guerreiro que é, se recuperou e seis meses depois voltou ao trabalho e terminou a faculdade.

A faculdade foi um desafio imenso para ele, mas achávamos que estava relacionado ao tumor cerebral. Começamos a tentar achar respostas e ele foi diagnosticado com dislexia.

Ele iniciou uma pós-graduação, mas não conseguiu concluir.

Em 2006 chegou nosso primeiro filho, o Vinícius. Ele tinha sete dias de nascido quando “nasceu” em nossos corações assim que olhamos para ele e o seguramos em nossos braços e quando ele tinha cinco meses engravidei do Gabriel.

Fomos tocando a vida e me lembro de que quase todas as festas ou eu ia sozinha ou o Humberto ficava um pouco e ia embora. Nunca suportou barulho excessivo e eu achava que estava relacionado a cirurgia.

Em 2014 ele me acordou de madrugada dizendo estar com muito frio e dor de cabeça (o que para mim é extremamente preocupante, depois de tudo o que passamos). Demos entrada no hospital às 06h30minh e as 10h30minh ele entrou em coma e foi para a UTI com suspeita de meningite, que foi confirmada horas depois. Ele se recuperou de mais essa dificuldade.

Em 2017 ele já tinha muitos graus de hipermetropia e resolveu fazer a cirurgia de correção, pois os óculos dele além de serem “fundo de garrafa” e pesado, ele nunca sentia 100% de satisfação com eles. Ele fez a cirurgia e retirou um início de catarata e foram implantadas lentes de correção. Ufa!!!! Agora tudo perfeito!!!! Só que não…… Ele passou a sofrer muito com a claridade e a irritação, dores de cabeça, cansaço e ansiedade pioraram ainda mais.

O Gabriel já havia sido diagnosticado com a Síndrome de Irlen e estava usando os óculos e melhorado bastante, quando um belo dia, esperando o Gabriel na natação, o Humberto resolveu experimentar os óculos do Gabriel e ficou maravilhado com o que sentiu.

Decidiu ir à Belo Horizonte e agora está à espera dos óculos dele, que por incrível que pareça são bem parecidos com os do Gabriel. Lembro-me de que quando perguntei a ele se ele havia sentido alguma diferença nos testes das lentes, a primeira coisa que ele disse foi: tive uma sensação de felicidade.

Quando estive com a Drª. Márcia em Belo Horizonte para a consulta final do Gabriel e ela me explicou sobre a Síndrome de Irlen, prá ser sincera, eu só pensava no meu marido.

Tudo se encaixava, pois por ele ter passado por tantas dificuldades, não sabíamos exatamente como ajuda-lo e se teríamos como ajuda-lo, agora sabemos!!!!

Gratidão é a palavra que nos define hoje, somos privilegiados por termos informação e tratamento adequado que nos dará condições de termos uma vida melhor.

Em breve mandarei mais notícias.

Convido vocês a ver também meus outros dois depoimentos:

A história de Gabriel

Gabriel depois de sete meses de uso dos óculos Irlen

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