Minha turma no ensino fundamental foi chamada de “tolerância zero”, e minha mãe sempre ouvia a mesma reclamação na escola: “sua filha é terrível”. Entretanto, nunca repararam que eu enxergava mal. Posteriormente, fui diagnosticada com visão subnormal, portadora de uma síndrome de difícil diagnóstico e que a maioria dos oftalmos não a conhece: Síndrome de Irlen. Até então eu era só “a menina que tem um péssimo comportamento”, mas eis que vieram três anos de IFES. Três anos de PACIÊNCIA, INFORMAÇÃO e RESPEITO, que foram fundamentais na minha formação. Hoje tenho: 4 trabalhos apresentados em eventos nacionais, inclusive em um evento de pós-graduação; 5 menções honrosas (OBMEP e OBA); uma instituição filantrópica (o Hora de Ajudar); e, nesse ano, passei na UFES em engenharia da computação, concorrendo DE IGUAL PRA IGUAL com todos os candidatos que enxergam normalmente. Aos professores que souberam respeitar minha condição e acreditaram em mim agradeço profundamente. E, àqueles que só viram a aluna problema desejo sucesso.
Da aluna “terrível” da turma “tolerância zero”: Caloura Marcela Geada Cavalieri.
Sei bem como é. O importante agora é comemorar👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
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